Produção Florestal da Atividade Madereira na Amazônia

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A atividade madeireira gera uma renda bruta anual de US$ 2,5 bilhões, com 2.570 empresas distribuídas em 72 pólos madeireiros e uma produção de aproximadamente 30 milhões de m3 de madeira em tora por ano.

Produção Florestal na Amazônia

Nas atividades de extração vegetal os recursos florestais, madeireiros ou não, são extraídos diretamente da natureza, em vez de produção agrícola ou industrial, que implica o desmatamento e a combinação de terra, insumos e trabalho em processos de longa duração. Além da produção de bens, devem ser considerados os serviços, tanto diretos, tais como turismo e lazer, quanto indiretos, tais como os serviços ambientais no sentido de gerar externalidades positivas relacionadas a biodiversidade, recursos hídricos, regime de chuvas e mudança climática global (fixação de carbono).

Atividade Madeireira

O Brasil é o maior produtor e consumidor mundial de produtos florestais tropicais. Alguns setores estratégicos da economia, tais como a siderurgia, as indústrias de papel e embalagens e a construção civil, estão estreitamente ligados ao setor florestal. As cadeias de produção diretamente baseadas em produtos florestais madeireiros representam 4% do PIB brasileiro e 8% das exportações, além de recolher mais de R$ 3 bilhões de impostos anualmente e de gerar 2 milhões de empregos diretos e indiretos. O setor madeireiro da Amazônia, que cresce mais que nas outras regiões, é o maior empregador, sendo responsável por 127 mil empregos diretos e 105 mil empregos indiretos dentro da região, além de mais 120 mil empregos indiretos fora da região.

A atividade madeireira gera uma renda bruta anual de US$ 2,5 bilhões, com 2.570 empresas distribuídas em 72 pólos madeireiros e uma produção de aproximadamente 30 milhões de m3 de madeira em tora por ano. Deste volume 86% são destinados ao mercado interno e 14% são exportados. O valor das exportações aumentou de US$ 380 milhões em 1988 para US$ 513 milhões em 2002. Em termos de beneficiamento, 68% da produção são serrados, 21% laminados e compensados e 11% são produtos beneficiados. Contudo, no Pará, o principal estado exportador, 21% do valor das exportações são decorrentes de produtos beneficiados.

Mais de 70% da madeira explorada são oriundos de áreas de terceiros e o restante das próprias empresas. 41% são oriundos das pequenas propriedades, 24% das médias e 35% das grandes. Cerca de 80% são extraídos ilegalmente. Entre dois terços e três quartos da madeira são oriundos de desmatamento e o restante de planos de manejo. As florestas com certificação independente sócio-ambiental cobrem hoje 400 mil hectares, respondendo por 2% da demanda anual da madeira em tora.

A atividade madeireira, em sua grande maioria, é realizada em bases predatórias e tende a migrar para as áreas mais distantes da Amazônia, em decorrência da exaustão da matéria-prima nas áreas de exploração mais antiga, no Arco do Povoamento Adensado.   

Trata-se, ao mesmo tempo, de uma atividade que oferece uma restrição para a sustentabilidade, na forma em que é conduzida, e uma oportunidade, na forma em que pode evoluir. Contudo, a adoção do manejo florestal sustentável carece de estímulos e sofre da competição da oferta de matéria-prima barata de origem predatória no desmatamento.
Amazônia Legal - Pólos Madereiros
Amazônia Legal - Pólos Madereiros.

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